quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O método sem a logia.

Esse texto busca apresentar experiências vividas no curso de metodologia do trabalho cientifico em uma instituição de ensino privada na cidade de Salvador, que oferecia uma boa estrutura ou vendia uma boa estrutura para graduandos em diversos cursos.

Tive o primeiro contato com o curso de Metodologia no 1º semestre do curso. Eram aulas semanais, sempre as segundas-feiras, que tinha por objetivo nos apresentar as estruturas do trabalho acadêmico, a construção de resenhas, resumos, artigos, nos encheram de apostilas com exemplos confusos, com pouca explanação em sala de aula tornava-se mais confuso ainda, ou melhor, eram apostilas gregas.

Melhor ficou quando professor revelou que o curso não tinha avaliação para nota e que já estavam todos passados, então o que aconteceu?
Segunda-feira era sinônimo de feriado na faculdade, se não vai ter nota, não preciso estudar, quanto mais ir lá.

No segundo contato que foi no 7º semestre, tinha como referência a construção to trabalho de conclusão de curso, nosso famoso TCC. Despejaram um caminhão de normas e regras e exigiram um tema de imediato para dar-mos inicio aos nossos trabalhos de pesquisa. Novamente com uma carga horária de uma aula por semana, a turma foi dividida em grupos a serem acompanhados por professores distintos e também instintos, já que houve grupo sem professor orientador de TCC por quase metade do semestre.

Escolhido o tema parti arduamente para o campo de pesquisa, e na faculdade biblioteca lotada, sala de informática nem se fala então me restava por orientação da turma a “igreja” um bar bem próximo a faculdade assim apelidado carinhosamente por nossa turma, pois era onde nos reunia-mos para lamentar-mos nossas decepções ou comemorar nossas vitorias após avaliações. Deveria chamar-se de acordo com a nossa cultura bar do Caboclo, mas tudo bem.

Buscava obras que tratavam do meu tema e somente. O meu tema foi Endocomunicação como uma ferramenta motivacional. Tive dificuldades, pois as obras focavam em sua maioria a endocomunicação para resolução de conflitos e interação grupal com o intuito final da boa produção para a empresa.

Quinze livros lidos, “lidos” somente os capítulos que tratavam do meu tema, assim fui orientado, internet, intranet, palestras, filmes, vídeos todos devidamente referenciados, mas segundo orientador não eram suficientes.

- Preciso ler mais, pergunto?
- Não, responde o orientador. Seu trabalho esta quase pronto. Vá à biblioteca e referencie mais quatro autores.

Fui à biblioteca escolhi quatro livros que tratavam sobre meu curso e pronto, os referenciei no meu trabalho e agora tenho 20 livros referenciados no meu trabalho, agora sim trata-se de uma “monografia”.

Considerei minha pesquisa satisfatória 69 páginas, discorrendo sobre comunicação com foco na comunicação interna e motivação. cheguei a conclusões aprendi bastante, recorri a livros de Psicologia para compreender meu colega mau humorado no trabalho e ao meu chefe insatisfeito.

Apresentei meu trabalho a professores, todos gostaram um até disse que com melhoras deveria ser publicado, nossa! nem sei onde meu ego foi parar naquele momento. Já meu orientador disse ótimo trabalho, mas onde estão as citações as presentes não são suficientes.

Há! benditas citações” você precisa de citações para dar poder cientifico a sua pesquisa” relatou meu orientador.

Um programa de uma rádio em Salvador tem um chamado sarcástico com um dos apresentadores que é assim.

- Quem é fulano?????????????

Assim me senti quem sou eu para expressar minha opinião mesmo após pesquisas, eu não inventei nada não! Foram pesquisas.

Hoje estou bastante preocupado em logo virar referência para ter poder na escrita e ser fonte de pesquisa.

DARLAN FIGUEIREDO.

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