segunda-feira, 27 de julho de 2009

APRENDENTES, A ESCOLA E O CORPO DOCENTE.

Será que realmente a deficiência do ensino público esta atrelada somente a professores mal remunerados e qualificados, sem comprometimento com a ética e missão da profissão? Ou a culpa pertence à metodologia encaminhada pela Secretaria de Educação, decidida por um grupo que representa um todo, mas que não compartilham as idéias dos outros sendo esse o meu ponto de vista, após relatos.
Existem padrões pré-estabelecidos pelo MEC para o funcionamento da escola, como espaço para o lazer, atividades físicas ou cursos interdisciplinares, mas não é isso que observamos em grande parte das escolas públicas. Esses fatores descritos são bastante participativos na deficiência do ensino público, porém o maior vilão espelhando-se como vítima é o próprio aluno. Alunos esses geralmente moradores dos anexos da cidade, quase que excluídos parcialmente do contexto social, que têm como espelho pais, vizinhos, tios, primos, oriundos de uma pratica desfavorecida, ou seja, tomando como exemplo o abandono da escola para labutar maturamente em busca de sustento familiar.
Existem ainda os pais, tios, primos que exigem que seus filhos pratiquem o ato de ir à escola, obrigando-os sem se quer procurar despertar e demonstrar nos mesmos a importância que os estudos terão em suas vidas futuras, claro que não se trata de um caso generalizado mas é bem comum essa relação.
Em visita a uma escola pública na cidade de Salvador-BA pude perceber um perfil de aluno que muito me chamou a atenção. Eram alunos preocupados somente com a sua aparência física, sua roupa, seu cabelo, seu tênis, da mesma maneira as garotas camisas justas, umbigo de fora, calça jeans colada no corpo sem ao menos carregar uma caneta quem dirá o caderno, livro então é brincadeira!!!!
Parcialmente utilizam o espaço da escola para interagirem, como se não bastasse o MSN, mas a necessidade de troca de calor humano, principalmente a fase da puberdade que empurra e impulsiona os mesmos para o contato corpo a corpo, o espaço da escola servia para todos os assuntos menos os relacionados à educação escolar. Adentram a escola falando ao celular, escola essa de 1º Grau que compreende da 5ª a 9ª série, alunos entre 11 e 16 anos, falar com o porteiro, pra quê! Esta ali todo dia mesmo, para mim ficou bem claro que encaravam o ambiente escolar com inúmeros aspectos e possibilidades para realização de atividades desde que não fossem atividades escolares.
A onde esta a culpa, no professor, no aluno na metodologia ou no meio social?

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