quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A ética a meu ver.

Todo conteúdo explicito em nossas reuniões foi de grande acalanto para a afirmação da palavra, do conceito, suas derivações e origem ou etimologia, do termo ética. A meu ver, uma palavra polidimensional devido a sua abrangência, alcançando todas as camadas sociais sem distinção de raça ou cor. Todos possuem seus códigos ou costumes que consideram éticos.

Esses códigos ou costumes éticos considerados cabíveis dentro de cada comunidade parece ser simples, ou seja, saber o que é certo ou errado, moral ou imoral causando assim certa resistência ao comportamento contrario do escrito, fazendo com que o individuo passe a fugir da pressão social imposta pelo comportamento considerado ético àquela determinada classe social. E difícil seguir essas “leis” éticas mesmo dentro de um conselho profissional de um individuo, porque o que é ético ou não, é passível de comportamentos elaborados, situações possivelmente já pensadas sujeitas à punição ou não, são atitudes escritas, programadas, coisa que não pertence ao pensamento humano, que é à programação.

É importante considerar que a ordem humana não é natural como é, por exemplo, a ordem existente na comunidade das formigas ou das abelhas. Essas comunidades desenvolvem uma serie de comportamentos de reação e adaptação à natureza. Assim criam uma ordem que permanece ao longo do tempo, porque é produzida pelos comportamentos naturais, herdados geneticamente e passados de geração a geração. A ordem humana é bem diferente. Ela é artificial. O homem não recebe pronta, como herança genética. Ele tem que inventa - lá, constituí-la e reconstituí-la; dar-lhe uma forma satisfatória ao atendimento de suas necessidades e aspirações, que mudam ao longo da história. Por isso mesmo, na sociedade atual, a ordem é tão diferente daquela vivida pelos homens da antiguidade. (GONÇALVES; WYSE, 1996, p. 10)


Por isso a questão da ética nas esferas sociais é um assunto que desperta grande atenção e preocupação devida a sua importância no desenvolver e desenrolar do comportamento do homem na sociedade. Está mais associado a dar limites, dar régia a essa impulsão não prevista ao comportamento do homem.

Impor limites é uma das principais conseqüências das imposições éticas, seguida é claro de punições, e punições que venham a ferir o ego do individuo, se não, não surtem efeito, é uma característica humana, é perder para aprender. É perder o emprego, a saúde, a boa convivência com o vizinho, perder a confiança no próximo. O aprendizado não esta diretamente relacionada com a perda ou prejuízos, mas ajuda a acelerar o despertar e compreensão do fazer o certo ou errado, o correto ou incorreto, ser justo ou injusto.

Já sabemos que a atitude exterior reage sobre a moral e cria disposições idênticas. Portanto cuide do seu exterior. Zele pela nitidez da sua aparência, pelo bom aspecto de sua individualidade física. Qualquer incorreção, qualquer desordem, qualquer negligência, deverá ser retificada. (MONTALVÃO, 1980 p.122)

Conscientizar as pessoas que “as atitudes que tomamos mostramos quem somos” é de eficaz e eficiente importância para o bom caminhar da ética e da cidadania. Ser ético é saber separar a razão da emoção, ser capaz de ser percapaz nas tomadas de decisões, agir com punho na necessidade, mais também abraçar na hora da caridade é manter o equilíbrio ser passível e impassível, mas principalmente ser verdadeiro com você mesmo.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Isso é jeitinho brasileiro? Não isso é Brasil.

O jeitinho brasileiro é um modo de agir que implica num modo de ser do corpo e num universo conceitual que lhe é próprio. A compreensão deste universo favorece o aproveitamento do melhor da nossa cultura popular e o desenvolvimento de uma filosofia situada, que é totalmente descaracterizada pela grande mídia, ou seja, desvirtuar, ou desfavorecer algo em troca de alguém ou em troca para aquém, com objetivo de facilitar pedidos e negociações que nem sempre possui um senso comum para as partes.

Por que facilitamos um possível pedido apelativo de pessoas que nem conhecemos que relatam inúmeras necessidades e dificuldades para realização de uma atividade? Facilitamos visando uma possível necessidade própria seja ela premeditada ou não ou caracterizando assim a troca e facilitação de favores talvez com objetivo comum ou não entre as partes.

Geralmente a troca ou facilitação de favores vem seguida de uma futura relação com troca de números de telefones, e-mail alimentando assim uma rede podendo ser restrita entre esse pequeno relacionamento ou até se estendendo para diversos fins, ou seja, eu conheço alguém, que conhecem outrem.....

16 Não sejas demasiadamente justo, nem demasiadamente sábio; por que te destruiria a te mesmo? Eclesiastes Cap.7, s.16.

17 Não sejas demasiadamente ímpio, nem sejas louco; por que morrerias fora do tempo? Eclesiastes Cap.7, s.17.

Será que o jeitinho brasileiro descaracterizado pela mídia segue aos ensinamentos bíblicos e aos legados supostamente escritos e descritos através dos seguidores de Cristo.? Se sim não a nada de errado nisso, pois foi Jesus que ensinou nosso vetor, nosso grande mestre em todos os sentidos.

Quer dizer, se a norma impede a solução para uma verdadeira necessidade, dane-se as normas. A burocracia que massifica a sociedade, que às vezes prejudica até quem a faz prevalecer é uma das principais causas da pratica do marginalizado jeitinho brasileiro.

São senhas, prazos, protocolos, horário de almoço de ata 3 horas em repartições publicas, um conjunto de fatores que caracterizam a necessidade de furar o sistema que em sua grande maioria esta falido e ultrapassado. E com o reconhecimento de responsáveis imediatos que se solidarizam e facilitam as causas para a sociedade em partes não podendo ser generalizado viabiliza a realização das atividades o jeitinho brasileiro é um mal necessário para destravar o sistema.

Por exemplo para registrar uma firma num cartório primeiro você pega uma senha, preenche uma ficha esclarecendo os motivos e aguarda até 30 dias para ter a sua firma reconhecida para somente declarar que não possui bens a receita federal, isso é um abuso de tempo.

Para burlar todo esse processo é necessário um apelo emocional com relatos tristes ou de urgência tentando fazer o funcionário se sentir na mesma situação, persuadindo, idealizando valores afetivos para concretizar uma necessidade que lhe é de direito.

Isso é jeitinho brasileiro? Não isso é Brasil.